Nota de Esclarecimento

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Escrever... um momento analítico. A gente escreve e põe pra fora, põe pra fora botando pra dentro.
Ler... um momento meditativo. Um desligar de si consciente de tudo em si. Um movimento de ir e vir simultâneo, concumitante, incoerente e inexorável.

Somos a imersão na linguagem, já diz a teoria psicanalítica. Dançar, cantar, tocar, gesticular, pintar, rodar... e ler/escrever. É justamente aí que realmente somos? E o que somos?

Essas perguntas talvez não importem, é provável que não importem, mas é sempre bom lembrar Pessoa:

"Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa: 'Navegar é preciso, viver não é preciso'.
Quero para mim o espírito desta frase, transformada a forma para a casar com o que sou: Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar minha vida; nem gozá-la penso. Só quero torná-la grande, ainda que para isso tenha de ser meu corpo e a minha alma a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade; ainda que para isso tenha de a perder com a minha.
Cada vez mais assim penso. Cada vez mais ponho na essência anímica do meu sangue o propósito impessoal de engrandecer a pátria e a contribuir para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa raça."

Durante dois meses e meio não houve publicação no Blog.
Periodo de recolhimento de material e materiais.

Uma coincidência nada impressionante, mas surpreendente, chegou até nós, em súplicas, juntamente com os materiais: Que seja mantido o anonimato!

Que Berro!!! Que Berro Humano!!!

É quase inimáginável pensar que Guilherme Gentil diria isto, mas a vida é cheia de pequenas belas surpresas.

Deixamos aqui expressos agradecimentos pelos belos textos a Giuliana Lima e Flamarion Silva (o único home nessa porra!!!) e a Sofia Senna, Marcelo Bispo, Gustavo Menezes, Daniel Velloso, Fernando de Lucena, Guilherme Gentil; pelas palavras e/ou pelas prometidas.

Respeitaremos os pedidos. Será resguardada a autoria. O que aparecer sem autor ou com pseudônimos é de um desses nomes acima. (essa perversidade temos que fazer!)



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